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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

GESTÃO DE RISCOS CORPORATIVOS x FRAUDE E CORRUPÇÃO



Em tempos alarmantes no aumento mundial de fraudes, desvios e corrupção dentro das organizações, compreender sobre mecanismos de prevenção e detecção destas imperfeições é condição de cultura diferenciada para profissionais da área contábil.

Para as grandes corporações não é novidade o convívio com mecanismos de controles internos, tais como governança corporativa, auditoria interna e externa e controladoria, que minimizam os riscos a que elas estão expostas.

Todavia em corporações de menor porte, implantar estes mecanismos de controle custa caro, e normalmente é um investimento visto como gasto desnecessário.

Somos partidários do princípio que independente do tamanho da organização, conhecer sobre a gestão de riscos é primordial para o controle das suas operações, e evitar fraudes e corrupção, os quais permeiam as entidades, sejam elas de pequeno ou grande porte, públicas ou privadas.

 O processo de gestão de riscos deve ser incorporado nas práticas da organização, e para quem ainda não teve a oportunidade de implantar uma ação desta natureza, apresentamos 7 dicas valiosas de implementação:

1)     Mapear os riscos corporativos (vulnerabilidade).
Esta é a fase inicial, onde devem ser estudados os processos organizacionais e listados todos os riscos a que a organização está exposta. Todas as organizações possuem riscos em suas operações, e conhecê-los é fundamental para estabelecer ações que possam mitigá-los.

2)     Priorizar os riscos corporativos mapeados.
Uma vez identificados os riscos a que a organização está exposta, relacioná-los por ordem de importância, do mais significativo para aqueles com menor potencialidade de trazer problemas para a organização.
Esta hierarquia permite traçar ações preventivas de curto, médio e longo prazos, dependendo da relevância de cada um dos riscos relacionados.

3)     Envolver a organização em procedimentos éticos.
O desenvolvimento de uma cultura organizacional pautada em procedimentos éticos é fundamental para o sucesso da gestão de riscos, “pegando” os colaboradores pelo exemplo, que deve partir da alta administração.
Ao contrário, em organizações em que a cúpula diretiva apresenta desvios de padrões de condutas éticas, este fato funciona como um fio condutor para os demais colaboradores, que passam a acreditar que também podem agir desta forma.

4)     Criar área de gestão de riscos e compliance.
Após cumpridas as etapas anteriores, o passo seguinte na evolução da implementação do processo seria criar internamente uma área com atributos voltados a gestão dos riscos corporativos.
Caso não existam pessoas internas com perfil para esta atribuição, poderá ser executada por profissionais terceirizados, com expertise em processos de investigação de fraudes.
O termo compliance tem o sentido de “buscar conformidade”, com padrões adequados de conduta dos negócios estabelecidos internamente, tais como instruções de trabalho, ou externamente, como por exemplo, normas legais.

5)     Disponibilizar canais de denúncias.
É de extrema importância que a organização estimule seus colaboradores e comunidade externa a realizar denúncia contra práticas fraudulentas e corruptivas.
Um canal de comunicação de denúncias deve ser implantado, de tal modo que qualquer pessoa possa realizar uma denúncia de forma anônima, preservando assim a integridade física e moral do denunciante, e que a área de gestão de riscos consiga investigar a denúncia.

6)     Monitorar permanentemente os processos de gestão de riscos.
A manutenção constante dos processos de gestão de riscos é vital para a melhoria continua das práticas de mitigação das possibilidades de ocorrência de fraudes e corrupções.
Em virtude da dinâmica dos negócios, rever constantemente os riscos a que a organização está exposta, e avaliar novos, é fundamental para a melhoria do processo de mitigação.
Investigações sobre contratantes, internos ou externos, monitoração de e-mails corporativos, e acompanhamento de evidências de discrepância entre o acumulo de riqueza e os proventos, são ações importantes contra fraudes e corrupções corporativas.
  
7)     Realizar due diligence
O termo due diligence é extremamente difundido para profissionais de auditoria, e tem o sentido de revisão das informações de uma organização, com o objetivo de validar, ou confirmar, dados.

Esta validação de informações pode estar assente sobre os fornecedores, sobre a contabilidade e processos externos, com vistas a diminuir possibilidades de divergência de dados.

O profissional da área de contabilidade, especialmente aqueles que se especializam em auditoria, perícia e investigação de fraudes, deve ser o ator principal na implantação de processos de mitigação dos riscos nas organizações.

Mais um campo de atuação nesta infindável área de contabilidade...

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